Contamos histórias aos nossos filhos... E, todos nós, crescemos a "encher de histórias" os nossos pais. Ah!, e, já agora, somos quem somos em função de várias histórias de amor... Aliás, vendo bem, o nosso amor não passa de episódios, de personagens e de enredos... E, tudo isso junto, são histórias... Histórias preciosas. Com pessoas (únicas!!) lá dentro.
A História, ela própria, faz-se de histórias...
As viagens dão-nos histórias, e os momentos de família são uma história, que conhecemos bem, à qual se acrescenta sempre mais um bocadinho...Mais uma história!
As brincadeiras são fábricas de histórias e até os segredos são histórias (que se sussurram), também.
As cartas de amor são histórias - propositadamente, delicadamente e "amantemente" - escritas só para nós... E o que são, senão histórias, as historietas patetas, com que nos rimos, sempre que as inventámos, ao namorarmos a vida?
Não
temos memória(s) quando nos faltam histórias... As histórias esmiúçam a
vida porque lhe dão sentimentos... As histórias trazem-nos marcos... Sem
elas falta-nos vida!
Com as histórias não deixamos de ser partículas que resultaram da mais absoluta improbabilidade... Somos um acaso, sim; mas com história! E são as histórias, quando as partilhamos, que nos fazem sair de nós e nos tornam pessoas.
Não, as histórias não são importantes; são indispensáveis! Entre os 0 e os 100! Escutar histórias... Contar histórias... Passar a vida por dentro das histórias... Por isso, deixemo-nos de histórias, sim?… As histórias são insubstituíveis! Na verdade, respiramos histórias... Contar histórias é como rezar... Confiamo-nos a alguém que nos escuta... Vendo bem, quem não conta histórias ainda não descobriu que sabe amar!

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