terça-feira, junho 24, 2025

A noite na escola dos nossos Finalistas, a dormirem com os livros....

  No passado dia 20, os alunos do 4ºano da  turma B,  passaram a noite na escola...e dormiram na nossa Biblioteca! 

Foi uma noite  muito animada!


 

 

 "No meio dos livros, um sono sereno, a biblioteca embala sonhos de um pequeno leitor." 

 


 

"Entre páginas e capas, o sono chega, um abraço aconchegante dos contos."

 

 

"A criança e o livro, um par perfeito, unidos em um sono profundo, na sala de leitura."  

 


 

"Na biblioteca, o sono é doce, as histórias sussurradas pelas páginas, um convite à imaginação." 

 

 

 "O livro como travesseiro, a biblioteca como ninho, a criança dorme, embalada pela magia da leitura."

 


 

segunda-feira, junho 23, 2025

Sessão de cinema " Cantar "

 Hoje, na nossa Biblioteca tivemos sessão de cinema com direito a pipocas !😊😋

 

 

Filme" Cantar " 

Netflix 



 

Em "Cantar!" ("Sing!" no original) o protagonista é um koala otimista chamado Buster, dono de um teatro. O negócio já viu melhores dias, por isso, decide organizar um concurso de canto. É como se fosse o "The Voice Portugal", mas com animais e os habitantes da cidade não perdem a oportunidade de mostrar os seus dotes vocais.

 O otimista koala Buster está determinado a salvar o seu teatro apesar do pouco público, das más críticas e das dívidas acumuladas. Para tal, decide  produzir o maior concurso musical do mundo.

 Rosita é uma dona de casa altruísta e mãe de 25 leitões que quer algo mais da vida. Escolhida para a final, será a parceira de Gunter, um porco alemão que assume a missão de libertar os dons incríveis e a diva escondida em Rosita.

 Meena é um prodígio vocal escondido numa tímida elefante adolescente com um devastador medo ao palco. Após falhar a sua audição, consegue que Buster lhe dê emprego nos bastidores enquanto a ajuda a superar a ansiedade e enfrentar os seus receios.

 A porco-espinho roqueira Ash vai ao casting com o namorado, o insuportável e egoísta Lance, mas só Ash é escolhida. Nos ensaios, a sua personalidade rebelde coloca-a constantemente em desacordo com Buster, que a vê como uma princesa pop. Ao mesmo tempo, Ash quer escrever as suas próprias canções de rock autêntico e refletir o seu estilo único.

 Um rato egocêntrico e ganancioso, Mike também é um músico de jazz com formação clássica que canta como Sinatra. Adora dinheiro, poder e luxo. Vai arranjar sarilhos, por se meter com quem não deve.

 Johnny é um gorila sensível, com uma magnífica voz, cuja paixão pela música entra em choque com o grupo de gangsters assaltantes de bancos liderados pelo pai. Johnny quer ser cantor, mas teme a sua reação e assume uma vida dupla.

 Gunter adora os seus fatinhos de lycra e é um poço de energia que canta e dança sem parar. Parceiro em palco de Rosita, encoraja-a a soltar-se para revelar todo o seu potencial.

 A ovelha negra da sua riquíssima família. Após anos a ser mimado obrigou-se a ir viver para o anexo da piscina de forma a ser um pouco mais independente e responsável, mas continua a passar os dias a nadar e a jogar. Apesar disso, tem uma personalidade adorável e é um amigo leal de Buster.

 Pai de Johnny e ameaçador líder de um grupo de assaltantes, fica furioso ao descobrir que o filho quer ser cantor.

 A avó de Eddie é uma antiga estrela da canção. Foram os seus espectáculos que inspiraram o amor de Buster ao teatro. Reformada, vive na sua enorme mansão e não vai ser facilmente convencida pelos apelos do koala que necessita de apoio financeiro.

 A empregada de longa data de Buster é uma lagarto com alguma idade e a tendência para perder o seu olho de vidro. Muito desastrada, no entanto é de uma fidelidade e empenho a toda a prova.

 

https://filmspot.pt/artigo/apresentamos-lhe-as-personagens-e-vozes-portuguesas-do-filme-de-animacao-cantar-9366/ 

sexta-feira, junho 20, 2025

Ora agora conto eu...

Hoje, recebemos na nossa Biblioteca a turma do 2ºA , que veio ouvir uma história mágica e cheia de desejos!

Terminada a leitura da história falamos sobre os desejos de cada um, desejos realizados e por realizar!  

As ilustrações desta história são encantadoras, lindíssimas! A narrativa não lhe fica atrás! Uma forma empática de mostrar às crianças que todos podemos ser felizes se olharmos para os outros como igual, seres de sonhos e desejos e que o poder de fazer os outros felizes é o Universo a retribuir!

   

" Pede Um Desejo" 

 "Uma vez por ano, os desejos lançam-se no ar, cheios de esperança, com uma luz sempre a brilhar: O Coelho apanha um desejo pela primeira vez. Tem tanta sorte que consegue logo três! Mas, sem a certeza sobre que maravilhas pedir, pede ajuda aos seus amigos para se decidir. Com os conselhos do Rato, da Raposa e do Urso, o Coelho descobre que pensar nos outros pode trazer a melhor riqueza de todas".






 


Ainda tivemos tempo para ouvir uma pequena história sobre "birras ", deixo-vos aqui o link para assistirem ao vídeo! 

https://www.youtube.com/watch?v=7BQZkS3qAGc 

 

 

" Bernardo faz uma birra " 

 

Era uma vez um rapaz chamado Bernardo. 

Ele queria ficar acordado a ver um filme de

 cow-boys na televisão.

- Não - disse a mãe. - É muito tarde. Vai para a cama.

- Olha que eu faço uma birra - disse o Bernardo.

- Então faz - respondeu a mãe.

E ele fez. Uma birra muito, muito grande. 

Fez uma birra tão grande que a birra se transformou numa nuvem negra que rebentou em trovões, relâmpagos e granizo.

- Já chega - disse-lhe a mãe.

Mas não serviu de nada.

A birra do Bernardo transformou-se num furacão que destruiu telhados, chaminés e campanários.

- Já chega - disse-lhe o pai. Mas não serviu de nada.

A birra do Bernardo transformou-se num tufão que arremessou cidades inteiras para o mar.

- Já chega - disse-lhe o avô.

Mas não serviu de nada.

A birra do Bernardo transformou-se num tremor de terra que partiu com a crosta da terra como se fosse um gigante a partir ovos.

- Já chega - disse a avó.

Mas não serviu de nada.

A birra do Bernardo transformou-se num tremor do universo, e a Terra e a Lua, as estrelas e os planetas, o país do Bernardo e a cidade do Bernardo, a rua dele, a casa dele, o jardim dele e o quarto dele ficaram reduzidos a pedacinhos a girar no espaço.

O Bernardo sentou-se num bocado de Marte e pôs -se a pensar.

Pensou que se fartou.

"Por que é que fiz uma birra tão grande?", pensou ele.

Mas não conseguiu lembrar-se.

E tu, lembras-te?







 As birras são comuns nas crianças pequenas; são a forma que elas têm de lidar com sentimentos complexos. Por isso, é importante compreender o que a criança está a viver e, claro, evitar certas situações que lhes possam dar origem. 

https://www.portoeditora.pt/paisealunos/para-os-pais/noticias/ver?id=135084 



 

Ora agora conto eu... História contada pela a Anita à turma do 1º A

 

"O lobo que estava farto de andar"

Neste livro, o lobo decide deixar de andar. Para ele, andar a pé é aborrecido e cansativo! Porque não experimentar a bicicleta, os esquis ou a mota? Deve ser muito mais emocionante! Mas depressa ele percebe que, muitas vezes, aquilo que nos parece habitual é, afinal de contas, a melhor solução de todas! Uma coleção que fala de sentimentos e que convida a sonhar através do simples prazer da leitura. 

 

" O contador de Estórias "



"Gosto de contar histórias... até prefiro estórias, ou histórias transformadas em estórias... ficam assim menos agarradas à realidade dos factos e à verosimilhança das personagens... verdadeiras estórias, compreensíveis por toda a humanidade...


Contar uma estória... porventura a mais antiga arte da humanidade... transmissão de emoções, de experiências, significados...


A riqueza de contar estórias não está tanto no talento do contador mas sim nas diversas orelhas que a ouvem...


A estória é a mesma mas cada par de orelhas vai ouvir uma estória diferente, a que ressoa com mais força... vibração que relembra anos de experiências, de significados... emoções...


Dizem que temos duas orelhas e uma boca para ouvirmos o dobro do que falamos... mas quantas vezes é que só se entende o que vai dentro do íntimo apenas quando se o expressa em voz alta... e por vezes a compreensão nem é imediata, está o contador tão focado nos detalhes que não vê a “big picture”... é só alcançável quando alguém lhe devolve o que ouviu... 


Um, dois, três ouvintes a devolver... cada um ouviu a mesma estória, mas cada um devolve algo diferença... uma riqueza imensa para quem contou a estória, que recebe tantos pontos de vista tantos quantos os narizes que se encontram equidistantes do respectivo par de orelhas...


Dizes tu... “Mas eu contar a minha estória para depois ser julgado e condenado por quem me ouve?!”


Verdade que é um exercício de exposição, tanto mais útil e eficiente quanto mais se está liberto do auto-julgamento... reflexo do medo que se tem do julgamento do outro... 


O outro não está nos teus sapatos, sabe lá da tua vida! Verdade... os sapatos podem e são diferentes... mas há troços no caminho que são iguais, partilhados, e um vê uma flor e outro vê um árvore e outro vê uma águia... o caminho, o mesmo, a experiência diferente!


Devolver é enviar à origem o que se recebeu, não é julgar... não é opinar soluções.... não é contar a própria estória... é enviar a quem contou a estória que chegou...


Como um espelho que devolve a imagem... o julgamento do reflexo não é do espelho, o espelho devolve apenas uma imagem... 


E o que se faz com o julgamento? Guarda-o para ti!!! Diz mais de ti, do

modo como vives ou não os teus significados, da importância que dás ou não às tuas experiências e de como reprimes ou não as tuas emoções, do que diz do outro, pois tal só o saberás se calçares os respetivos sapatos...


Este é porventura o trabalho mais elevado do círculo... contributo para a consciência!


 In. “O contador de Estórias“ de Howard Terpning.

Norman Rockwell's Illustration






José Saramago 1922-18 de junho de 2010

 No dia 18, fez  15 anos que José Saramago nos deixou.

(1922- 18 de junho 2010)


José SARAMAGO, o escritor português que em 1998 foi distinguido com o prémio Nobel da Literatura, teria hoje 103 anos de vida na contagem do tempo. Fora dele, continua por cá e por além fronteiras.


"As histórias para crianças devem ser escritas com palavras muito simples. Quem me dera saber escrever essas histórias. 


Se eu tivesse aquelas qualidades, poderia contar, com pormenores, uma linda história que um dia inventei. Seria a mais linda de todas as que se escreveram desde o tempo dos contos de fadas e princesas encantadas… 


… havia uma aldeia. 


…e um menino. 


Sai o menino pelos fundos do quintal, e, de árvore em árvore, como um pintassilgo, desce o rio e depois por ele abaixo. Em certa altura, chegou ao limite das terras até onde se aventurara sozinho. Dali para diante começava o “planeta Marte”. 


Dali para diante, para o nosso menino, será só uma pergunta: Vou ou não vou? E foi. 


O rio fazia um desvio grande, afastava-se, e de rio ele estava já um pouco farto, tanto que o via desde que nascera. Resolveu cortar a direito pelos campos, entre extensos olivais, ladeando misteriosas sebes cobertas de campainhas brancas, e outras vezes metendo pelos bosques de altas árvores onde havia clareiras macias sem rasto de gente ou bicho, e ao redor um silêncio que zumbia, e também um calor vegetal, um cheiro de caule fresco. 


Ó que feliz ia o menino! Andou, andou, foram rareando as árvores, e agora havia uma charneca rasa, de mato ralo e seco, e no meio dela uma inclinada colina redonda como uma tigela voltada. 


Deu-se o menino ao trabalho de subir a encosta, e quando chegou lá acima, que viu ele? Nem a sorte nem a morte, nem as tábuas do destino… Era só uma flor. 


Mas tão caída, tão murcha, que o menino se achegou, de cansado. E como este menino era especial de história, achou que tinha de salvar a flor. Mas que é da água? Ali, no alto, nem pinga. Cá por baixo, só no rio, e esse que longe estava! 


Não importa. 


Desce o menino a montanha, atravessa o mundo todo, chega ao grande rio, com as mãos recolhe quanta de água lá cabia, volta o mundo atravessar, pelo monte se arrasta, três gotas que lá chegaram, bebeu-as a flor com sede. Vinte vezes cá e lá. 

Mas a flor aprumada já dava cheiro no ar, e como se fosse uma grande árvore deitava sombra no chão. 


O menino adormeceu debaixo da flor. Passaram as horas, e os pais, como é costume nestes casos, começaram a afligir-se muito. Saiu toda a família e mais vizinhos à busca do menino perdido. E não o acharam. 


Correram tudo, já em lágrimas tantas, e era quase sol-pôr quando levantaram os olhos e viram ao longe uma flor enorme que ninguém se lembrava que estivesse ali. 


Foram todos de carreira, subiram a colina e deram com o menino adormecido. Sobre ele, resguardando-o do fresco da tarde, estava uma grande pétala perfumada… 


Este menino foi levado para casa, rodeado de todo o respeito, como obra de milagre. 


Quando depois passava pelas ruas, as pessoas diziam que ele saíra da aldeia para ir fazer uma coisa que era muito maior do que o seu tamanho e do que todos os tamanhos."


 


José Saramago, in, A Maior Flor do Mundo.

 

mala d'estórias 

terça-feira, junho 17, 2025

Ora agora conto eu...

 "O lobo que estava farto de andar"

Neste livro, o lobo decide deixar de andar. Para ele, andar a pé é aborrecido e cansativo! Porque não experimentar a bicicleta, os esquis ou a mota? Deve ser muito mais emocionante! Mas depressa ele percebe que, muitas vezes, aquilo que nos parece habitual é, afinal de contas, a melhor solução de todas! Uma coleção que fala de sentimentos e que convida a sonhar através do simples prazer da leitura. 

 
Hoje na nossa Biblioteca recebemos a turma do 2ºA e a turma do 1ºB.

Foi feita a leitura " O lobo que estava farto de andar ", de seguida jogaram um jogo de perguntas sobre a história,  através do computador. 

Falamos ainda, sobre os meses e as estações do ano. 

Foi uma manhã muito animada e divertida! 




Obrigada aos alunos e professores presentes nesta atividade!

  

Deixo-vos aqui o link do jogo e o link da história: 

https://wordwall.net/pt/resource/1886756/o-lobo-que-estava-farto-de-andar 

 

https://apoioescolas.dge.mec.pt/recursos/o-lobo-que-estava-farto-de-andar-de-orianne-lallemand-e-eleonore-thuillier 

A Beleza do que é imperfeito

 A Beleza do que é imperfeito


Há qualquer coisa de profundamente humano, naquilo que não está certo, nem simétrico, nem concluído. Talvez porque nós, também, não estamos.

A beleza do que é imperfeito está nos sorrisos sem jeito, nas palavras que faltaram dizer, nos silêncios que ficaram no meio de uma frase. Está nas cicatrizes - não as escondidas, mas as que já não nos envergonham. Está na chávena lascada que ainda usamos, porque era da avó, no casaco velho que já não aquece, mas ainda abraça.

A perfeição é fria. Não tem história. A imperfeição, essa, guarda tudo: as quedas, os risos nervosos, os erros de cálculo e os gestos impulsivos. É no improviso que nasce a ternura. É na falha que se vê quem fica.

O mundo tenta afiar-nos, polir-nos, tornar-nos impecáveis. Mas eu prefiro os que tropeçam, os que hesitam antes de falar, os que choram com vergonha e depois riem como se o mundo fosse novo. Prefiro as pessoas que admitem não saber, as que pedem desculpa devagar, as que amam mal, mas amam muito.

Há beleza num banco partido de jardim onde alguém escreveu "volto já". Há beleza num amor que não chegou a ser, mas ainda mora num olhar.

A beleza do que é imperfeito não se explica, sente-se. Como um piano desafinado que, mesmo assim, nos toca certo, o coração.



Helena Sacadura Cabral. In, 

"Mãos Pequenas, Coração Grande".

Ilustração retirada de Beautiful Illustrations

segunda-feira, junho 16, 2025

Sistema Solar

 

As turmas do 4ºano realizaram  trabalhos magníficos  sobre o Sistema Solar.
A exposição vai estar na nossa Biblioteca até ao final do ano letivo! 



 

Um pequeno vídeo para assistires 

sobre o Universo/Sistema Solar    



quarta-feira, junho 11, 2025

As crianças...

 As crianças são as pessoas que fazem os adultos crescer. 

É por causa das crianças que os adultos crescem como pessoas. 

Se não houvesse crianças, as pessoas só cresciam por fora. Teriam braços grandes e pernas grandes, mas a vontade de ser melhor seria pequena. Os braços seriam grandes, mas encolheriam os ombros. Teriam um corpo grande e um coração pequeno. Um coração pequeno perde-se se não quiser ser maior. 

As crianças, pelo contrário, têm braços pequenos e pernas pequenas, mas um coração enorme. As crianças são verdadeiras e, por isso, são fáceis de enganar. Só há uma coisa em que não é possível enganar uma criança. 

A criança conhece o amor como as palmas da sua mão, reconhece-o onde quer que ele se esconda ou manifeste. A criança sabe quando gostam dela. Não é possível enganar o coração de uma criança. A criança pode brincar ao faz-de-conta, mas não finge o que sente. As pessoas grandes já não brincam, mas fingem. As crianças andam na escola, mas são elas que ensinam às pessoas grandes aquilo que só o amor sabe transmitir. As crianças sofrem de uma sabedoria que os adultos esquecem. Sabem quais são as coisas que realmente importam. Tratam a poesia por tu. Tratam o mundo com o espanto natural que as descobertas despertam. Tratam a vida sem cerimónia. 


As crianças são, sim, o melhor do mundo e é por elas que o mundo tem de ser melhor. É por isso que as pessoas grandes têm de deixar de pensar que estão acima das coisas e devem antes estar à altura daquilo que as crianças merecem. Merecem o mundo."


Elizabete Bárbara. lado.a.lado